As obras de arte de Joe Berardo estão esta tarde a ser arrestadas, por ordem do tribunal. As diligências no CCB, em Lisboa, estão a ser lideradas pelo agente de execução responsável pelo processo, que foi movido pela Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e BCP.
Os três bancos tentam recuperar uma dívida superior a 960 milhões de euros.
A coleção de arte é um dos patrimónios mais valiosos do empresário e passa, assim, a ficar sob a tutela do Estado.
Agentes de execução misturados com os visitantes no CCB
Agentes de execução estão esta quarta-feira no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, no seguimento do arresto das obras de arte da coleção de arte moderna do empresário José Berardo, decretado esta semana.
A operação decorre com o museu aberto ao público e os agentes estão, neste momento, a fazer o invetário das 862 obras que fazem parte da Coleção Berardo. A acompanhá-los está também uma fotógrafa, que tem feito um registo de todas as peças.
Na última avaliação feita há 10 anos, a Coleção Berardo foi avaliada em mais de 300 milhões de euros, mas alguns especialistas defendem que agora vale cerca de 500 milhões de euros.
Berardo garante não ter sido notificado de arrestos
O empresário José Berardo não foi notificado de nenhum dos arrestos noticiados nos últimos dias pelos órgãos de comunicação social, garantiu esta segunda-feira à agência Lusa o seu assessor.
"Três arrestos anunciados pela comunicação social. Nenhum notificado pelos tribunais", refere o assessor do empresário, numa mensagem escrita enviada à Lusa, após ser questionado sobre uma notícia avançada pelo jornal Público, segundo a qual foi hoje "decretado o arresto da coleção Berardo".
Propriedades arrestadas
O arresto de parte da Quinta Monte Palace Tropical Garden, na sequência de uma providência cautelar movida pela CGD, e de duas casas em Lisboa, também propriedade do empresário, serão os outros dois arrestos a que a assessoria de Berardo se refere.
No dia 5 de julho foi noticiado que os títulos da Associação Coleção Berardo (ACB), dados como garantia aos bancos credores de entidades ligadas a José Berardo, foram penhorados por ordem judicial.
De acordo com o Jornal Económico desse dia, a ACB considerou que não foram arrestados 100% dos títulos de participação, devido à alteração dos estatutos e ao aumento de capital que aconteceram após os títulos terem sido dados como penhora aos bancos credores.
O jornal Público noticia que, decretado o arresto, os bancos depositam nas mãos do Estado a salvaguarda das obras de arte, propriedade da ACB, e que desde 2006 compõem o acervo do Museu Coleção Berardo, instalado no Centro Cultural de Belém.
2019-07-31 12:09:00Z
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