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A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda aos cidadãos que vão viajar para países onde há sarampo que se vacinem, tendo em conta o crescente número de casos registados.
A Europa está a atravessar um surto de casos de sarampo e a doença ressurgiu, este ano, em quatro países onde já tinha sido considerada eliminada: o Reino Unido (489 casos), a Grécia (2.193 casos), a República Checa (217 casos) e a Albânia (1.466 casos).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) registou 89.994 casos de sarampo em 48 países europeus no primeiro semestre de 2019, mais do dobro do mesmo período do ano passado (44.175) e mais do que em todo o ano de 2018 (84.462).
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Em declarações à TSF, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, frisa que os cidadãos "que estão em Portugal e vão viajar para países onde há sarampo, podem e devem vacinar-se" antes de viajarem.
"Se não estiverem vacinados, contraírem sarampo nesses países e, entretanto, voltarem para Portugal, voltam com a doença", alerta a diretora-geral da Saúde.
Graça Freitas lembra que a vacinação "tem que ser feita duas semanas antes" da data de partida. "Vacinar na véspera de fazer uma viagem não faz efeito", sublinha.
Extremamente contagioso e potencialmente causador de problemas de saúde graves, por vezes fatais, o sarampo é geralmente é transmitido por contacto direto ou pelo ar, infetando as vias respiratórias, espalhando-se depois pelo organismo.
Não existe cura para o sarampo, mas a doença pode ser evitada com duas doses de uma vacina, segundo a OMS, que estima que mais de 20 milhões de mortes foram evitadas em todo o mundo, entre 2000 e 2016, graças a à vacinação.
No entanto, nos países ocidentais, os "antivacinas" têm propagado a ideia de que existe uma ligação entre a vacina contra o sarampo e o autismo (teoria, baseada num estudo falsificado, que já foi várias vezes negada pela OMS).
Graça Freitas aponta, no entanto, que Portugal se assume como uma exceção neste panorama "antivacinas", e que a taxa de vacinação nunca foi tão elevada.
"Nunca tivemos taxas de vacinação tão altas como em 2018, exatamente porque estes surtos na Europa criaram um alerta positivo em Portugal", declara a diretora-geral da saúde.
"Para a primeira dose, nas crianças pequeninas, tivemos uma cobertura de 99%. Para a segunda dose, que é necessária para dar imunidade, tivemos entre 96% e 98% Nunca tínhamos tido uma cobertura tão boa", adianta.
No entanto, apesar de Portugal contrariar a tendência mundial e ter níveis de proteção muito elevados, pode sempre importar casos de outros países, motivo pelo qual é necessário estar muito alerta quando se viaja.
2019-08-29 09:31:00Z
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