Os três faziam parte do grupo "Guardas da floresta", que tomou nas suas mãos a defesa da Amazónia contra as expedições ilegais de madeireiros ou de incendiários, que têm devastado com particular intensidade em Arariboia.
O grupo foi criado em 2012, perante a passividade das autoridades policiais, que fechavam os olhos à recorrente actividade das várias empresas desflorestadoras. Um dos métodos da milícia indígena consistia em destruir os acampamentos ilegais de madeireiros.
Paulo Paulino, em treino, no passado mês de setembro
Foto de Uesli Marcelino, Reuters
É conhecida a seriedade das ameaças de morte, que ainda recentemente se traduziram no assassínio do coordenador do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis, Roberto Cabral.
Ainda assim, a polícia informada das ameaças não tomou qualquer medida para a protecção dos ambientalistas indígenas. Depois de consumado o duplo homicídio desta semana, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, veio prometer no Twitter investigação e castigo dos assassinos.
A Polícia federal irá apurar o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara na terra indígena de Arariboia, no Maranhão. Não pouparemos esforços para levar os responsáveis por este crime grave à Justiça.https://t.co/UbckIZwP3s
— Sergio Moro (@SF_Moro) November 2, 2019
Considerando o historial do Governo de Bolsonaro na sua atitude perante a defesa dos povos indígenas e da floresta, a promessa de Moro está a ser encarada com cepticismo.
Ainda no início deste ano, Paulo Paulino reagira à eleição de Bolsonaro para presidente dizendo que "esta gente pensa que pode vir cá, entrar em nossa casa, servir-se da nossa floresta? Não. Não podemos deixá-los fazer isso. Nós não vamos a casa deles roubar tudo, pois não?"
2019-11-03 11:47:00Z
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