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Friday, November 29, 2019

Greve dos assistentes operacionais nas escolas deixa milhares de alunos sem aulas - RTP

Greve dos assistentes operacionais nas escolas deixa milhares de alunos sem aulas - RTP

Em declarações aos jornalistas, Orlando Gonçalves, coordenador norte do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), indica que há mais duas dezenas de escolas encerradas no distrito do Porto, embora ainda seja cedo para recolher todas as informações. 

De acordo com a informação disponibilizada pelo presidente da FNSTFPS à agência Lusa, há uma adesão superior a 85 por cento dos trabalhadores, ou seja, superior à adesão da última paralisação

“Estamos à espera que a maioria das escolas feche e isto por uma razão muito simples: a greve foi pedida pelos trabalhadores porque este novo Governo, que tomou posse há pouco mais de um mês, não faz uma única referência no seu programa de Governo, em 196 páginas, ao pessoal não docente na educação”, refere Orlando Gonçalves.

“Para além de ser uma falta de respeito, demonstra que não tem interesse em resolver esta situação. O facto de o ministro vir dizer inverdades relativamente às dificuldades de pessoal não docente nas escolas também demonstra que a vontade política dele e do Governo em geral em resolver esta questão não é nenhuma, porque senão não viria tentar tapar o sol com a peneira”, acrescentou esta sexta-feira em declarações aos jornalistas numa escola em Resende, Viseu, que também está hoje encerrada. 

Recentemente, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues considerou que este é um problema antigo nas escolas que tem vindo gradualmente a ser corrigido desde 2015, quando tomou posse como ministro no anterior Governo.  

"As escolas agora têm mais assistentes operacionais", indicou, salientando o reforço de cerca de 4.300 funcionários realizado no anterior mandato.

Orlando Gonçalves considerou que seriam necessários mais “cinco a seis mil trabalhadores” a nível nacional para que as escolas “funcionassem devidamente”. “Entre 2010 e 2018 sairiam 12 mil trabalhadores e, desde então, poucos foram contratados", acrescentou.  

Os trabalhadores salientam ainda que os 4.300 funcionários integrados nos quadros ao abrigo do programa de regularização de vínculos precários na administração pública (PREVPAP) são praticamente anulados por número igual de aposentações ao longo da legislatura passada.

 
A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas está solidária com a greve dos trabalhadores não docentes. O presidente, Filinto Lima, diz que esta paralisação é um cartão “muito alaranjado” ao Governo e serve para lembrar ao ministro das Finanças que deveria “ter mais cuidado com as escolas”.
Filinto Lima diz que a escola pública tem qualidade mas “seria potenciada se tivesse os recursos humanos suficientes” ao nível, por exemplo, dos assistentes operacionais.  

“Neste momento temos centenas ou milhares de alunos em casa, ou fora da escola, lugar onde deviam estar durante o dia de hoje”, salienta em declarações à RTP.

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2019-11-29 11:55:00Z
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