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O porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, considerou que deverá haver “humildade” do sindicato para “reconhecer um erro e voltar atrás”, desmarcando a greve da próxima semana.
André Matias de Almeida considera que a situação “está longe de ser qualquer vitória” para as entidades patronais, representadas pela ANTRAM, realçando que, apesar dos serviços mínimos, a greve terá um “impacto grande” para os portugueses, mais do que vai ter para as empresas transportadoras.
“Apelo a este sindicato que ninguém vai nem quer por o direito à greve em causa mas, por outro lado, que dê um passo atrás numa greve desajustada, que não tem justificação e é contrária ao que foi assinado”, advogou a ANTRAM, à entrada de uma nova ronda de negociações com a FECTRANS, um sindicato que não assinou o pré-aviso de greve.
“A humildade de um sindicato reconhecer um erro e voltar atrás, não o coloca na mesa de negociações de forma diminuída perante a ANTRAM”, reforçou, depois de lançar um apelo para que o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas volte à mesa de negociações.
“Nunca ficou mal a ninguém reconhecer um erro e dar um passo atrás, dizerem que vão desconvocar a greve e voltar a negociar”, disse André Matias de Almeida, garantindo que, nesse caso, o sindicato estaria em pé de igualdade nas negociações com os outros sindicatos.
“Isto não é uma guerra para ver quem ganha e quem perde. Neste momento, já há um derrotado, que é o país, as empresas e, principalmente, os trabalhadores que não terão, para já, os aumentos para 2020”, que vão abranger apenas a FECTRANS e trabalhadores independentes.
Governo teve postura “socialmente responsável”
Questionado sobre a intenção do sindicato dos motoristas de matérias perigosas de impugnar judicialmente os serviços mínimos decretados pelo Governo, André Matias de Almeida considerou que esse é “um mecanismo votado ao insucesso na justiça”. E explica porquê, lembrando que o Governo se limitou a subir 10 por cento os serviços mínimos, em relação à greve de abril.
A ANTRAM voltou a reunir-se com a FECTRANS. Os patrões acreditam que as negociações devem chegar “a bom porto brevemente”.
André Matias de Almeida destacou ainda a criação de um grupo de trabalho para analisar o setor, realçando que é “a primeira vez na história que é criado, com um prazo para apresentar conclusões [90 dias] ao governo”.
2019-08-08 09:43:00Z
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