As equipas de socorro que tentam resgatar os quatro portugueses retidos numa gruta no norte de Espanha aguardam pela descida do nível da água, para entrarem na gruta. Equipa de portugueses é "experiente", afiança o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Espeleologia.
"Estamos à espera que baixem os níveis da água, para depois subirmos ao encontro dos quatro portugueses que, em princípio, estão bem e à nossa espera", disse à agência Lusa Martín González Hierro, da Fundação Espeleosocorro Cántabro (ESOCAN).
González Hierro explicou que a equipa de auxílio está no local, na gruta de Cueto-Coventosa, na Cantábria, desde as 20h00 (19h00 em Lisboa) de domingo.
Equipa de espeleólogos é “experiente”
O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Espeleologia não acredita que os exploradores estejam em risco. Sérgio Barbosa diz que a equipa em causa é experiente e tem mantimentos para sobreviver na gruta por algum tempo.
Quatro espeleólogos portugueses estão presos numa gruta da Cantábria, em Espanha. Foram apanhados pela subida repentina da água, que está a obstruir a saída.
Os portugueses pertencem ao Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, região do Porto.
Equipa de resgate junto à gruta
Junto à gruta, já se encontram equipas de resgate, mas a solução parece ser esperar pela descida do nível da água.
Quatro especialistas da equipa de espeleologia conseguiram aceder à gruta no domingo, no município cantábrico de Arredondo, depois das 22h00 (21h00), embora só tivessem conseguido avançar cerca de 50 metros devido ao nível de água, segundo a agência de notícias EFE.
O serviço de emergência do governo da Cantábria, que coordena a operação, informou em comunicado que os especialistas indicaram que a água está a baixar no interior da gruta a uma velocidade de 10 centímetros por hora, muito mais lentamente do que se previa inicialmente.
Na entrada da área dos três lagos, a equipa de resgate instalou um ponto de acampamento, aguardando a diminuição do nível da água.
A previsão da Agência Estatal de Meteorologia é de chuvas fracas durante a manhã, sem registo de pluviosidade à tarde, com o tempo a agravar-se na terça-feira.
A equipa de resgate deverá instalar cordas e corrimões se o nível da água não baixar.
Os quatro portugueses procurados entraram no sábado pela entrada de Cueto às 11h00 (10h00 em Lisboa), de acordo com o serviço de emergência espanhol, citado pela EFE.
Na ausência de notícias dos espeleólogos, outros três companheiros entraram ao meio-dia (11h00 em Lisboa) de domingo por Coventosa para ver se os encontravam, mas o elevado nível da água impossibilitou que prosseguissem a marcha.
Assim, às 16h30 (15h30 em Lisboa), notificaram o centro de coordenação do 112, a partir do qual foi mobilizado o dispositivo de resgate.
A operação integra a equipa de espeleologia da Cantábria (ESOCAN), além de técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo.
c/Lusa
2019-10-21 08:28:00Z
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