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Thursday, October 3, 2019

Morreu Freitas do Amaral - O político do "Percurso singular" - Expresso

Morreu Freitas do Amaral - O político do "Percurso singular" - Expresso

Morreu Freitas do Amaral. O homem que há três meses, no lançamento do último volume da sua auto-biografia política se auto-definiu como "um poliítico com um percurso singular". Foi próximo de Marcelo Caetano antes do 25 de abril. Fundou o CDS e assumiu-se como líder da direita democrática. Protagonizou o grande combate direita-esquerda contra Mário Soares nas presidenciais de 1996. Deixou o CDS quando Manuel Monteiro quis o partido eurocético. E aproximou-se do PS tendo aceite o convite para integrar o Governo de José Sócrates. Recentemente tentou uma reapoximação ao seu partido de sempre: "Continuamos separados mas irmãos".

Fundador e primeiro presidente do CDS, Freitas somou cinco décadas de intervenção pública, tendo integrado os Governos da Aliança Democrática, entre 1979 e 1983, e exercido as funções de primeiro-ministro após a morte de Sá Carneiro. Em 1996, disputou as presidenciais contra Mário Soares. Eleições que perdeu. Mas a derrota não o impediu de, mais tarde, se ter aproximado de Soares e do PS.

Em 2005 aceitou ser ministro dos Negócios Estrangeiros de Sócrates, como independente, após ter saído do CDS em 1992, em rutura com Manuel Monteiro que quis o partido a chumbar o Tratado de Maastricht. Europeista convicto, Freitas bateu com a porta. Dez anos depois, já próximo de Soares de quem se tornou amigo próximo, viu o CDS retirar-lhe a fotografia da sede do partido, no Largo do Caldas, quando aceitou ser ministro de Sócrates..

A sua permanênbcia no Governo socialista foi, no entanto, curta. Saíu ao fim de um ano, já por motivos de saúde. Em 2015 tentou reaproximar-se do CDS, durante apresentação de um livro sobre as quatro décadas do CDS, onde afirmou: "Ninguém traiu ninguém, continuamos separados mas irmãos"

Doente há vários meses, o fundador e ex-líder do CDS tinha sido internado no Hospital de Cascais há duas semanas. Marcelo Rebelo de Sousa, que o visitou no passado fim de semana, definiu-o como "um dos pais da democracia".

Nascido na Póvoa de Varzim, Freitas era filho de um engenheiro que chegou a ser secretário de Salazar no Ministério das Finanças e deputado à Assembleia Nacional durante o Estado Novo. Próximo de Marcelo Caetano, de quem foi aluno em Direito, Freitas nunca terá no entanto aceite integrar o seu Governo. No primeiro dos três livros que escreveu sobre a sua vida política, o autor refere-se a Caetano como "mestre e amigo". Mas no 25 de abril acabou por tornar-se o rosto da direita democrática.

Em atualização

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2019-10-03 13:23:39Z
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