A Infraestruturas de Portugal (IP) atrasou ou adiou 18 obras programadas no âmbito do programa Ferrovia 2020, apresentado em fevereiro de 2016, no valor de dois mil milhões de euros. E uma foi cancelada.
Na Linha do Douro, por exemplo, foi cancelada a eletrificação do troço entre Marco de Canaveses e Régua, prevista para estar concluída no final deste ano. "As dificuldades técnicas evidenciadas pelo consórcio projetista obrigaram à revogação do contrato. A IP está atualmente a concluir a contratação de um novo consórcio projetista", explicou fonte da Infraestruturas de Portugal ao JN/Dinheiro Vivo.
Na Linha do Norte, a renovação do troço entre Válega e Espinho, que deveria ter ficado pronta no final de setembro deste ano, "tem execução prevista entre 2022 e 2023". A IP esclarece que "nesta fase está a ser elaborado o projeto de execução, prevendo-se o lançamento do concurso de empreitada durante 2020".
Atrasos no Minho
Na Linha do Minho, os residentes de Valença vão ter de esperar até ao final de 2020 para começar a ver comboios elétricos, com atraso de quase dois anos face ao plano original. Em 2016, previa-se que a eletrificação do troço entre Viana do Castelo e Valença ficasse concluída no 1.º trimestre deste ano. A sinalização eletrónica está incluída.
Assim que a catenária chegar a Valença, será possível viajar num comboio elétrico entre Porto e Vigo, no percurso efetuado pelas automotoras diesel do serviço Celta - série 592, alugadas a Espanha.
No entanto, a CP vai continuar a precisar de alugar material à congénere Renfe se quiser fazer este serviço com material ligado à corrente: só em Espanha é que há comboios preparados para funcionar com tensão a 3 kV em corrente contínua (Espanha) e a 25 kV em corrente alternada (Portugal). O calendário desta obra foi alterado duas vezes antes de a empresa liderada por António Laranjo a ter retirado.
Espinho-Gaia avança
Linha nova só mesmo entre Espinho e Gaia: os trabalhos vão começar no 3.º trimestre de 2020 e vão durar até ao 2.º trimestre de 2022, ou seja, com quase três anos de atraso.
Nas Beiras, o plano também prevê a renovação da linha entre Covilhã e Guarda, que deixou de funcionar em 2009. A intervenção deverá ficar concluída no 3.º trimestre de 2020, dois anos mais tarde do que previsto.
No início de 2023, vão ficar prontas as obras entre Pampilhosa da Serra e Mangualde. No trimestre seguinte, vão terminar as obras entre Mangualde e Guarda, com mais de três anos de atraso.
Ainda na Beira Alta, a IP espera concluir os trabalhos entre Guarda e Vilar Formoso no início de 2023, quatro anos depois do que era suposto.
As restantes obras atrasadas ficam no litoral. A eletrificação e modernização da Linha do Oeste no troço entre Mira Sintra-Meleças e Caldas da Rainha só deverá arrancar no 3.º trimestre de 2020, quando deveria terminar.
Os algarvios também vão ter de esperar mais anos do que previsto pela chegada da eletricidade ao traçado entre Tunes e Lagos, e entre Faro e Vila Real Santo de António. Só no 2.º trimestre de 2023 é que a obra vai ficar pronta, com atraso de quase dois anos. A culpa é da avaliação do impacto ambiental a que os dois troços vão ficar sujeitos, não prevista inicialmente.
Obras pós-mandato
As obras entre Sines e Ermidas-Sado só vão ficar prontas no início de 2024, após o segundo Governo de António Costa, com três anos de atraso.
Vendas Novas
Toda a linha de Vendas Novas vai ser renovada entre o início de 2021 e o segundo trimestre de 2024 para melhorar o serviço de mercadorias.
Investimento no Ferrovia 2020
Apresentado em fevereiro de 2016, o plano Ferrovia 2020 contempla um investimento de dois mil milhões de euros na ferrovia.
2019-11-19 10:21:00Z
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