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Friday, December 27, 2019

Trabalhadores da Portway em greve nos aeroportos nacionais - RTP

Trabalhadores da Portway em greve nos aeroportos nacionais - RTP

A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC). Os trabalhadores consideram que a empresa Portway não procedeu ao descongelamento das progressões nas carreiras como se havia comprometido no acordo de empresa assinado em 2016.

O documento, diz Fernando Simões, do SINTAC, previa que se houvesse resultados positivos em 2018, a empresa iria desbloquear as progressões na carreira.

O sindicato, em comunicado, acusa ainda a empresa de cortar abonos sociais e direitos adquiridos, com o intuito de “não baixar os seus lucros a fim de poder encher ainda mais os cofres do grupo Vinci”.

Atrasos e carga em terra

A greve poderá trazer constrangimentos nos aeroportos, sobretudo atrasos no check-in, embarque e desembarque, entrega de bagagens e atrasos nas partidas dos aviões.

Em Lisboa, há registo de vários voos a saírem com atraso.

De acordo com o sindicato, a adesão à greve na placa de Lisboa está a ser de 90%, enquanto em Faro, esse valor é de 85%. De acordo com Fernando Simões, no Porto, o impacto sente-se nos balcões de check-in fechados.

O SINTAC revela ainda que, em Lisboa, não há carga a entrar nos aviões operados pela Portway.

No Porto, o sindicato aponta para uma adesão nos balcões de 100%, enquanto na placa será de 50 a 60 por cento.

Filipe Sousa, do SINTAC, argumenta que não se verificaram atrasos nos voos do início da manhã porque há menos voos, mais espaçados no tempo, permitindo que as equipas “embora poucas, têm conseguido fazer o trabalho”.


No entanto, o sindicalista alerta que nos períodos em que há mais voos em pouco tempo, não haverá capacidade para realizar todo o trabalho.

Greve pode ser desconvocada
O SINTAC sublinha, no entanto, que se empresa atender aceitar assinar, no Ministério do Trabalho, um documento em que se compromete a cumprir o estabelecido em 2016, então a greve é imediatamente desconvocada.

Fernando Simões garante, em entrevista à RTP, que se a Portway tivesse aceitado este acordo, “a greve nem tinha começado”.
O SINTAC entregou um novo pré-aviso de greve ao trabalho suplementar, banco de horas e fins de semana, entre 1 de janeiro e o final de março.
A Portway afirma que "cumpre escrupulosamente a lei e toda a regulamentação aplicável, tanto ao nível da legislação laboral como em termos de acordos e protocolos aplicáveis à empresa", pelo que "não reconhece fundamentos para esta paralisação".

"A Portway procedeu em novembro à aplicação das tabelas remuneratórias convencionadas e à aplicação das restantes condições remuneratórias previstas no Acordo de Empresa em vigor, o que representou um aumento médio de cerca de 8% nas remunerações", assinalou, em declarações à Lusa.

Recordou também que foi "desenvolvida a negociação de um novo acordo de empresa, que não foi possível assinar por indisponibilidade do SINTAC após fecho da negociação", mas a Portway "declarou, desde logo, a disponibilidade para diálogo futuro", que mantém "com todos os parceiros sociais", apelando para o "retomar das negociações no sentido de evitar esta paralisação".

O SINTAC questiona os números apresentados pela Portway, dizendo que os aumentos que houve foram apenas um aumento da tabela salarial de 1,5% e que os 8% que a empresa fala é o custo total do descongelamento dos salários, que não aconteceu. “Este já é o terceiro número avançado pela empresa. Já foi 4%, depois 6% e agora 8%. Vamos ver qual é o número amanhã”, disse Fernando Simões à RTP.

Segundo o SINTAC, a greve não tem serviços mínimos.

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2019-12-27 10:32:00Z
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