A data da nova reunião realiza-se quatro dias após a votação final global do Orçamento do Estado, que decorrá em 6 de fevereiro.
O anúncio da convocatória foi feito esta sexta-feira pela ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública na Assembleia da República.
“Estamos neste momento a convocar os sindicatos para uma nova ronda negocial, cujo primeiro ponto dessa negociação será aumentos salariais”, afirmou Alexandra Leitão perante os deputados da Comissão do Orçamento e Finanças e da Comissão da Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local, no quadro da discussão do Orçamento do Estado para 2020 na especialidade.
Alexandra Leitão remeteu para a data da reunião a revelação do “que vai ser acrescentado aos 0,3 por cento”.
"Os aumentos salariais de 0,3 por cento não me envergonham porque representam uma retoma, uma valorização geral que não existia desde 2009", afirmou ainda a governante.
Nessa reunião será igualmente discutido com os sindicatos o plano de pré-reformas e mobilidade.
A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública anunciou também que todos os funcionários públicos que têm um vínculo precário serão integrados. Alexandra Leitão deixou a promessa de que o Governo “assume o compromisso” de não voltar a existir outro PREVPAP.
FESAP lamenta reunião após votação final do OE
“Na ausência de uma proposta, não percebemos o que é que eventualmente haverá, neste momento, para esconder, de tal modo que não pudéssemos ser convocados antes de o Orçamento do Estado ser aprovado", afirmou José Abraão, presidente da FESAP.
“Neste quadro, não se percebe bem que proposta nos vai ser apresentada. Se vai ser só para alguns dos salários mais baixos, quando nós apresentámos uma proposta concreta de 2,9 por cento”, continua a argumentar.
A FESAP garante estar “sempre disponível para a negociação”, mas sublinha que são necessárias “propostas concretas”.
José Abraão diz manter a expectativa de uma reunião com o Governo antes de dia 6, onde espera que, “dez anos depois, haja uma proposta digna que respeite os funcionários públicos e valorize o seu trabalho”.
Helena Rodrigues, presidente do STE, refere que a questão do aumento de salários é essencial para a Função Pública, nomeadamente por ser referência para o setor privado.
A FESAP garantiu que se mantém de pé o pré-aviso de greve.
c/ Lusa
2020-01-17 13:19:00Z
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