As cerimónias fúnebres ficam marcadas pelas milhares de pessoas nas ruas e pelo choro de Khamenei, muito próximo de Soleimani.
Ao seu lado tinha Esmail Ghaani, sucessor de Soleimani na força de elite iraniana Al-Quds, o Presidente iraniano, Hassan Rouhani, e outros líderes da República Islâmica.
As promessas de uma resposta ao ataque norte-americano partiram da filha de Qassem Soleimani, Zeinab. "As famílias dos soldados norte-americanos no oeste da Ásia (...) passam o dia esperando a morte de seus filhos", disse.
Um aviso para o Irão, mas também para o Congresso norte-americano.
Por esta via informal, na sua rede social preferida, Donald Trump notificou o Congresso norte-americano de que se o "Irão atacar qualquer pessoa ou alvo norte-americano, os Estados Unidos vão rapidamente e com toda a força contra-atacar, talvez de forma desproporcionada".These Media Posts will serve as notification to the United States Congress that should Iran strike any U.S. person or target, the United States will quickly & fully strike back, & perhaps in a disproportionate manner. Such legal notice is not required, but is given nevertheless!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 5, 2020
Desagrado alemão
Palavras que não agradaram à Alemanha, com o governo germânico a afirmar que as ameaças de Trump não "são uma grande ajuda".
Perante a crise atual, a chanceler alemão anunciou uma viagem à Rússia para conversações com o Presidente russo sobre a morte de Soleimani e o que pode acontecer a partir de agora.
A viagem acontece após um convite que partiu de Putin. Para além da questão iraniana, os dois vão igualmente analisar a situação na Síria, Líbia e Ucrânia.
China. Retirada norte-americana do acordo nuclear na origem de todos os problemas
"Embora o Irão seja obrigado a quebrar com o acordo devido a fatores externos, [Teerão] mostrou moderação", considerou o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
Para a China, o acordo só poderá sobreviver através de uma solução "política e diplomática", o fim de interferências externas e evitando "qualquer medida que possa complicar ainda mais a situação".
O acordo nuclear limitou o programa atómico do Irão em troca do levantamento de sanções internacionais, mas a saída dos EUA enfraqueceu o pacto.
A Europa tentou tomar medidas para salvaguardar o acordo, mas o canal de pagamentos especiais, que visava contornar as sanções, ainda não foi lançado.
O governo iraniano anunciou neste domingo que eliminou o último dos compromissos que ainda respeitava, o limite do número de centrífugas, que era de cerca de 6.100, para a produção de urânio.
No entanto, Teerão disse que vai continuar a cooperar com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o que Geng interpretou como um sinal "claro" da "vontade política de implementar o acordo de maneira completa e eficaz".
C/ Lusa
2020-01-06 14:06:00Z
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