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Wednesday, February 5, 2020

Estado da União. Trump proclama saúde económica, Pelosi rasga-lhe o discurso - RTP

Estado da União. Trump proclama saúde económica, Pelosi rasga-lhe o discurso - RTP

Evitando o assunto do impeachment, Donald Trump destacou a "reviravolta" dos EUA no discurso anual do Estado da União. Mas a tensão foi evidente com os aplausos de pé dos republicanos durante o discurso do Presidente, enquanto os democratas permaneciam sentados.

Entre momentos como a entrega de uma bolsa escolar a uma jovem ou a promoção de um encontro entre um militar norte-americano e a sua família, o Presidente dos EUA discursou mais de 80 minutos, falando sobre os mais variados temas, como emprego, a economia e a saúde, a educação, o Irão e a China, ou a fronteira com o México.

Mas Trump partilhou o protagonismo da noite com Nancy Pelosi, que presidiu à sessão.

Cumprindo a formalidade de anunciar a entrada do Presidente dos EUA na sala antes do discurso, Pelosi entendeu-lhe a mão, mas Trump quebrou o protocolo e não a cumprimentou.

Ao abrir a sessão e dirigir-se a Trump, Pelosi evitou citar as habituais "distintas honras" que geralmente acompanham a introdução do Presidente, dizendo apenas "membros do Congresso, o Presidente dos Estados Unidos".

Em reação ao gesto de Trump, a presidente da Câmara dos Representantes esperou que Donald Trump terminasse e rasgou uma cópia do discurso, enquanto o Presidente recebia aplausos.

Justificando-se aos jornalistas, Nancy Pelosi disse que "era a coisa mais cordial a fazer, considerando as alternativas". "Foi um manifesto de falsidades", acrescentou.
Posteriormente, mostrando que Trump a ignorou e apenas cumprimentou o seu vice-presidente Mike Pence, a líder democrata escreveu no Twitter que "os democratas nunca deixarão de estender a mão da amizade para trabalhar pelas pessoas". "Vamos trabalhar para encontrar um terreno comum onde for possível, mas permaneceremos firmes onde não for", escreveu.


Pelosi foi a responsável pela abertura do processo de destituição contra Trump e, desde então, a tensão entre os dois tem sido mais visível e constante.
Estratégia de Trump "funcionou"
No discurso, Donald Trump afirmou que "os anos de decadência económica terminaram" no seu mandato. "Os dias daqueles que usavam o nosso país, aproveitavam-se dele, estando até desacreditado junto de outras nações, ficaram para trás", declarou.

Se "as políticas económicas falidas do Governo anterior" não tivessem sido revertidas, "o mundo agora não estava a ver este grande êxito económico", com a criação de emprego, a descida de impostos e a luta "por acordos comerciais justos e recíprocos".

"Inacreditavelmente, a taxa média de desemprego durante o meu Governo é menor do que durante qualquer outra administração na história do nosso país", declarou.

Sendo o comércio um dos pilares da administração Trump, o Presidente destacou que a imposição de taxas alfandegárias à China "para resolver o roubo maciço de empregos" funcionou. "A nossa estratégia funcionou", proclamou.

Além disso, Trump lembrou que depois de cerca de 18 meses em "guerra comercial" com Pequim, foi assinado no passado mês de dezembro uma "trégua".
Mais muro, menos imigrantes
O Presidente dos EUA fez questão de anunciar que, no início do próximo ano, o muro na fronteira com o México vai ter mais de 800 quilómetros construídos.

Até agora estão concluídos mais de 165 quilómetros de muro e "haverá mais" 805 quilómetros construídos "no início do próximo ano", declarou Trump sobre o projeto de combate à entrada de imigrantes ilegais pela fronteira sul dos Estados Unidos.

"Tragicamente, há muitas cidades na América que políticos radicais decidiram transformar em santuários para estes estrangeiros ilegais criminosos. Os EUA deviam ser um santuário para americanos que obedecem à lei, não para criminosos estrangeiros ilegais", declarou ainda.

O chefe de Estado norte-americano afirmou, no entanto, que os EUA apoiam "as esperanças" de cubanos, nicaraguenses e venezuelanos "para restaurar a democracia" nos seus países.

"À medida que restauramos a liderança dos Estados Unidos no mundo, continuamos a apoiar a liberdade no nosso hemisfério. É por isso que o meu Governo revogou as políticas falidas da administração anterior sobre Cuba. Estamos a apoiar as esperanças de cubanos, nicaraguenses e venezuelanos para restaurar a democracia", sublinhou.

O Presidente dos EUA aproveitou também o discurso do Estado da União para homenagear o líder opositor da Venezuela Juan Guaidó, presente no Capitólio, e prometeu "esmagar a tirania" do regime de Nicolás Maduro.

"Maduro é um dirigente ilegítimo, um tirano que trata o seu povo com brutalidade. Mas o seu mandato de tirania será esmagado e destruído. (…) Connosco na galeria está o presidente legítimo da Venezuela Juan Guaidó. Todos os norte-americanos estão unidos com o povo venezuelano na justa luta pela liberdade", declarou.
Mais quatro anos de Trump?
Quando Donald Trump começou a discursar, vários republicanos começaram a entoar "mais quatro anos". A verdade é que o Presidente norte-americano aproveitou o Estado da União para elogiar a "reviravolta americana", prometendo que os EUA "nunca mais" voltarão "àquele ponto de rutura", como se de um discurso de campanha se tratasse.

"O estado da nossa união é o mais forte de sempre", exclamou, perante o silêncio dos democratas. Continuando em modo de campanha pelos feitos da sua administração Trump afirmou ainda que o "país prospera e é altamente respeitado novamente".

"Em apenas três curtos anos, destruímos a mentalidade de declínio dos Estados Unidos e rejeitámos a desvalorização do seu destino", disse Trump enquanto ouvia aplausos e gripos de apoio dos republicanos.

"Estamos a avançar a um ritmo inimaginável há pouco tempo e nunca voltaremos atrás", declarou.

O discurso anual do Estado da Nação é um dos momentos mais importantes na política norte-americana e, a um dia do julgamento no Senado, Trump discursou pela terceira vez traçando uma eventual reeleição.

c/ agências 

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2020-02-05 10:46:00Z
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