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Thursday, January 9, 2020

19 feridos após derrame de produtos tóxicos numa tinturaria em Braga - O MINHO

19 feridos após derrame de produtos tóxicos numa tinturaria em Braga - O MINHO

A Unidade de Decisão Clínica 2 das urgências do Hospital de Braga esteve em sobrelotação durante a tarde desta quarta-feira, com uma das alas a comportar 40 utentes, quando apenas terá capacidade para 16.

Eva Salgado, vogal do conselho de enfermagem da secção regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, confirmou o caso ao jornal Observador, dando conta de que os doentes “ficam no meio da sala”, através de imagens registadas por enfermeiros daquela unidade hospitalar.

pico de gripe que se tem vindo a sentir por todo o país reflete-se neste serviço, e é essa a justificação da administração do hospital, agora uma Entidade Pública Empresarial, admitindo “algumas situações pontuais de sobrelotação”.

Respondendo ao jornal digital, o hospital indica que a “afluência diária de utentes” tem sofrido um aumento “previsível para a época”, existindo já um plano de contingência reforçado com ajuste de equipas “às necessidades e ativação de camas”.

Foto: Divulgação / Ordem dos Enfermeiros

A “qualidade dos cuidados de saúde” também não estará em causa durante este período de maior afluência ao serviço de urgências, garante a administração.

Quanto aos períodos em que as macas ficam no meio das salas, “são resolvidos o mais rapidamente possível, de forma a reduzir o impacto nos utentes”. O hospital assegura que “continua a dar resposta à população”.

Mas a enfermeira Eva Salgado não vê o plano de contingência a resolver esta questão. Diz que este é “um internamento extra com mais 30 camas sempre que notam que há dificuldade de escoar doentes do serviço de urgência”, mas “nem com este aumento conseguem resolver”.

Em setembro, as urgências registaram um pico semelhante de afluência, levando a que as ambulâncias ficassem horas paradas à porta do hospital, à espera que os doentes entrassem nas respetivas alas para liberar a maca da viatura.

A O MINHO, o hospital garantiu que estavam a ser “desenvolvidos todos os esforços, por parte da equipa dos profissionais do Serviço de Urgência, para uma resposta atempada de forma a não criar constrangimentos”.

Mas as queixas foram muitas, vindas das altas chefias de diferentes corporações de bombeiros, de que o hospital não está preparado para resolver este tipo de sobrelotação quando existem picos de afluência.

“Os carros ficam à espera nas urgências porque as urgências parecem quase paradas (…) e desta forma é muito difícil assegurar o socorro no nosso concelho”, disse um dos comandantes.

Indiferente a ser gerido por uma EPE ou uma PPP, o Hospital de Braga sempre sentiu queixas de falta de capacidade de diferentes infraestruturas para receber os utentes. Eva Salgado, ao Observador, confirma, dizendo que “a situação não tem melhorado” com a passagem da administração para uma entidade pública.

Num artigo da Revista da Ordem dos Médicos, datado de 2013, é denunciado o mesmo problema em relação às salas da UDC, onde estão os doentes com pulseira laranja, a segunda mais grave numa escala de quatro. É referido que, numa delas, com 22 camas, estavam 27 utentes, em dia de visita familiar.

“Claro que isto prejudica o nosso trabalho como profissionais. Os enfermeiros não conseguem fazer mais com menos. Cada vez têm mais doentes, e menos meios”, confirmou Eva Salgado.

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2020-01-09 10:41:15Z
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