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Saturday, January 18, 2020

Livre. Partido adia decisão sobre Joacine e remete para novos órgãos - RTP

Livre. Partido adia decisão sobre Joacine e remete para novos órgãos - RTP

A decisão era entre a situação ser resolvida hoje ou o processo ser remetido para os novos órgãos que serão eleitos por este congresso.

Depois de uma votação para decidir se poderiam votar membros e apoiantes, 50 membros do congresso votaram a favor da primeira opção, e 52 optaram pela segunda.

"A hipótese A [retirar confiança política hoje] com 50 votos, e a hipótese B [adiar a decisão] ficou com 52 votos", anunciou Ana Natário, presidente da mesa do congresso.

A deputada Joacine Katar Moreira, o fundador do Livre Rui Tavares e o presidente do Conselho de Jurisdição, Ricardo Sá Fernandes, votaram a favor da proposta vencedora.

Ricardo Sá Fernandes tinha apresentado uma proposta para que fosse criada uma comissão interórgãos para analisar o processo, mas acabou por retirá-la.

No final da votação, ouviram-se gritos de "viva o Livre". Rui Tavares pede foco ao partido

No Congresso que está a decorrer, o fundador do Livre Rui Tavares pediu que o partido volte "aos seus princípios" e não esteja focado apenas na questão da retirada da confiança à deputada Joacine Katar Moreira.

Rui Tavares apelou ainda à "firmeza" na defesa dos princípios do Livre. "O Livre prefere ser fiel aos seus princípios do que manter quaisquer cargos políticos", disse durante uma intervenção no Congresso.

O fundador do Livre considerou ainda que os próximos órgãos, nomeadamente a assembleia, vão concluir o processo de forma "justa", "transparente" e mais "humana".

Já Ricardo Sá Fernandes, do Conselho de Jurisdição, lamentou a "injustiça" praticada contra a deputada Joacine. "Sou do partido do Rui Tavares, do Rafael, do Pedro Mendonça, da Joacine Katar Moreira e só me sinto bem se for deles todos", afirmou, apelando a um consenso.Joacine exalta-se contra proposta de retirada da confiança política

Alvo de toda a polémica, a deputada do Livre Joacine Katar Moreira reagiu de forma exaltada à proposta de retirada de confiança da assembleia do partido. "Isto é inadmissível, isto é mentira, tenham vergonha, mentira absoluta!", afirmou batendo no púlpito onde subiu para reagir às considerações contidas na resolução da 42.ª Assembleia do partido.

"Como é que isso é possível? Como é que ousam fazer isto?", gritou enquanto a mesa do congresso pedia calma à deputada. "Não me peças calma, isto é uma perseguição absoluta", afirmava Joacine. "Elegeram uma mulher negra que foi útil para a subvenção, tem que ser útil para nos defender". E continou: "Como é que ousam afirmar que eu não ouvi as pessoas, que eu não fui leal ao partido, que eu desrespeitei o que foi decidido?".

C/ Lusa

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2020-01-18 15:01:00Z
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